Êxito na luta pelo direito de cursar faculdades no Brasil (em 1879), conquista do direito ao voto (em 1932) e criação da Lei Maria da Penha (em 2006): esses são apenas alguns exemplos das batalhas vencidas pelas mulheres após esforços que duraram anos.
Ainda que existam motivos para serem celebrados, como as conquistas mencionadas no início deste texto, é inegável que as mulheres ainda enfrentam desafios para se inserirem e permanecerem no mercado de trabalho.
Algumas outras batalhas, no entanto, ainda não acabaram. Um exemplo é a conquista por equidade de salários no mercado de trabalho. Mesmo depois de tantas evoluções na forma de pensar da sociedade, as mulheres seguem ganhando salários inferiores aos dos homens. Muitos gestores e recrutadores insistem em cultivar a mentalidade de que a mulher é o ‘’sexo frágil’’, logo, acreditam na incapacidade desse público para executar funções importantes dentro de uma empresa. Dessa forma, acabam por privá-lo de desempenhar cargos de liderança ou de grande responsabilidade.
Ainda sobre os desafios enfrentados pelas mulheres para se inserirem no mercado de trabalho, outro obstáculo vivido por elas é a múltipla jornada que muitas enfrentam. Além de trabalharem, são responsáveis por cuidar da casa e da família, tarefas que trazem consigo inúmeras obrigações.
Como as empresas podem ajudar?
Como você pôde perceber, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, principalmente em áreas como a engenharia, administração e direito. No entanto, ainda há muito pelo o que lutar na busca por igualdade: a desigualdade salarial, por exemplo, é um problema persistente.
Para demonstrarem apoio às mulheres nessa luta, as empresas podem se mobilizar para incorporarem medidas que auxiliem esse público e facilitem o seu dia a dia, como a instauração do home office e da jornada de trabalho flexível.
REDAÇÃO AFYA – MAR 4, 2021
E quais outras práticas são positivas para aumentar a participação da mulher no mercado de trabalho?
Salários igualitários
A legislação brasileira esclarece que o salário deve ser igual para homens e mulheres. Entretanto, nem sempre isso é uma realidade. Em alguns casos, homens ainda ganham mais do que mulheres que exercem a mesma função. Sendo assim, um dos passos para a evolução da mulher no mercado de trabalho é justamente uma política de salários igualitários.
A discussão sobre o assunto é ampla, aborda diversas profissões e não é um problema apenas do Brasil. Um dos casos mais recentes, e que ganhou visibilidade mundial, foi o das jogadoras de futebol que participaram da Copa do Mundo Feminina. Tanto a jogadora brasileira Marta quanto as atletas da seleção americana, campeãs do torneio, abordaram as diferenças salariais do setor. As americanas, inclusive, processaram a Federação de Futebol dos Estados Unidos por discriminação de gênero.
Uma boa notícia é que as mudanças já estão acontecendo. O governador de Nova York, por exemplo, assinou uma lei para a igualdade salarial, proibindo que homens recebam mais do que mulheres no mesmo cargo. Por aqui, recentemente o senado aprovou um projeto de lei para multar empresas que não pagarem salários iguais para homens e mulheres. A medida foi aprovada em março de 2019, mas passará por outros trâmites do Congresso antes de entrar em vigor.
Contudo, além de uma legislação forte, é preciso a participação da sociedade e das empresas para que o ambiente de trabalho seja favorável às mulheres, para que elas consigam se dedicar a profissão e se sintam confiantes em pedir um aumento ou uma equiparação salarial.
A maior oferta de creches, sala de amamentação e a possibilidade de licença maternidade compartilhada são exemplos de práticas que podem contribuir para a atuação profissional feminina e para a igualdade salarial.
Valorização da mulher
A empresa também precisa entender e valorizar o papel da mulher dentro do negócio. As mulheres, geralmente, estão mais presentes nas universidades e apresentam um nível de escolaridade superior ao dos homens, ou seja, as suas habilidades e conhecimentos devem ser reconhecidos e valorizados.
Dessa forma, as organizações devem fortalecer a igualdade dentro de sua cultura organizacional para contratar e avaliar seus colaboradores por sua competência e não por questões de gênero.
Políticas para igualdade de gênero
Embora a presença da mulher no mercado de trabalho e a ocupação de cargos de liderança tenha avançado nos últimos anos, o processo ainda precisa de incentivo.
Muitas vezes há uma visão errada de que as posições de gestão são mais adequadas para os homens. Entretanto, as mulheres podem assumir cargos de liderança com tanta competência quanto eles, apresentando atributos de rapidez na decisão, boa comunicação, flexibilidade, trabalho em equipe, entre outras habilidades.
A Bloomberg elabora um Índice de Igualdade de Gênero nas empresas e analisa as companhias que adotaram medidas para valorizar as mulheres e promover a igualdade no ambiente de trabalho.
Mais de 200 empresas participaram do estudo e a publicação de 2019 constatou que houve um aumento de 40% no número de mulheres presentes em cargos executivos. Outro fato relevante é que mais de 30% das organizações analisadas têm programas para recrutamento de mulheres que precisaram dar uma pausa na carreira. Além disso, 60% das companhias aplicam ações para identificar diferenças salariais e resolver a situação.
A mulher e o mercado de trabalho não devem ser assuntos distintos, é necessário fortalecer essa integração, pois ela contribui significativamente para o sucesso do negócio, agregando diversidade a equipe, competência, produtividade, entre outras habilidades. Sendo assim, é fundamental adotar práticas para incentivar isso.
Esse tema é bastante relevante, não é mesmo? Então, compartilhe o texto em suas redes sociais para que seus amigos fiquem por dentro do assunto!
Fonte: https://sejaknowhow.com.br/mercado-de-trabalho/a-evolucao-da-mulher-no-mercado-de-trabalho/
Autora: Cristiana Fernandes